SUBSTITUIÇÃO DE COPA DA FAVELA (CNIDOSCOLUS QUERCIFOLIUS) COM ESPINHOS PELA SEM ESPINHOS POR ENXERTIA NO FINAL DO PERÍODO SECO

Resumo

Introdução: A favela é uma planta encontrada no sertão nordestino brasileiro, suas folhas representam um importante recurso forrageiro. A presença de espinhos urticantes dificulta a sua manipulação e o consumo das folhas verdes pelos animais, sendo os espinhos, um dos principais empecilhos ao uso da favela na dieta dos animais. Existe uma variedade sem espinhos, onde esse obstáculo pode ser contornado, sendo que a sua multiplicação tem sido um entrave, devido à baixa taxa de germinação de suas sementes. Objetivo: O estudo objetivou realizar a substituição da copa de favela com espinhos em plantas encontradas na vegetação nativa da caatinga, por favela sem espinhos, nos meses de novembro e dezembro, final do período seco. Materiais eMétodos: Foram avaliados dois tipos de enxertia, garfagem e borbulhia, com 12 repetições para cada método. Os ramos que receberam os enxertos pelo método da garfagem tinham diâmetro médio de 1,1 cm, já os ramos que receberam os enxertos pelo método da borbulhia, o diâmetro tinha em média 1,7 cm. As plantas selecionadas foram escolhidas ao acaso.  Resultados: Os resultados mostraram ser possível a substituição de copa da favela com espinhos pela favela sem espinhos, no final do período seco, sendo o método da enxertia por borbulhia, o que obteve melhor resultado, 66,6% dos enxertos estavam verdes 21 dias após a enxertia e se mantiveram verdes quando foram avaliados aos 35 dias após a enxertia. No caso do método de enxertia pela garfagem, apenas 25,0% dos enxertos permaneceram verdes após 21 dias e aos 35 dias, apenas 8,3% se mantiveram verdes. Considerações Finais: Concluir-se que o método da borbulhia é o mais adequado para substituição de copa de favela com espinhos por favela sem espinhos, quando realizado no final do período seco.