O MOVIMENTO MANGUEBEAT COMO MEIO DE MOBILIZAÇÃO SOCIOPOLÍTICA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Resumo

Introdução: O movimento mangue foi uma mobilização artístico-musical pernambucana surgida na década de 1990 entre Recife e Olinda, mais especificamente nas periferias do litoral de Pernambuco. Mescla elementos tradicionais da cultura regional, como o maracatu, com elementos da cultura pop internacional, como o rock, promovendo a resistência da cultura pernambucana frente a globalização. O presente projeto visou estudar tal movimento como um meio de mobilização política e cultural no estado. Objetivo: O movimento Manguebeat foi investigado como meio de mobilizações sociopolíticas e de transformações sociais. Como objetos foram postas a literatura a respeito do tema, identificando os efeitos sociopolíticos e culturais gerados pelo movimento; os documentos a respeito e seus principais representantes e os efeitos concretos da mobilização resultante. Materiais eMétodos: Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico e documental. Foram utilizadas diversas fontes, desde dissertações e artigos científicos, até fontes menos academicistas, como a análise de músicas do movimento e entrevistas dos envolvidos disponíveis na internet. O caráter popular do objeto de estudo exigiu uma pesquisa tão abrangente quanto. Para isso foram consultados bancos de teses bem como portais de periódicos científicos, utilizando-se palavras-chave como ‘Manguebeat’.  Resultados: Com a análise do movimento, sugere-se objeto de estudo como um fator mobilizante na sociedade por duas vias: o empoderamento social da periferia pernambucana e a instauração de outros movimentos que levaram a iniciativas de assistência social. O Manguebeat configurou um caldo político, por meio dele foi possível a instauração dos movimentos afins, da geração de emprego, rádios comunitárias, uma biblioteca pública e um senso de coletividade na periferia à margem dos olhos do governo. Considerações Finais: Concluímos de forma clara que o Manguebeat cumpriu sua premissa de mobilização sociopolítica e cultural, funcionou como um provocador das massas e chamou a atenção do poder público para a periferia: criou outros movimentos, ONG’s, bibliotecas, institutos e etc. Foi um marco no cenário pernambucano e o revolucionou em todos os aspectos, deixando toda uma geração de seguidores contra a marginalização da juventude.