UTILIZAÇÃO DA FARINHA DE RESÍDUO DE UVA EM DIETAS DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS)

Resumo

Introdução: Os custos com rações em cultivos intensivos e semi-intensivos de peixe, geralmente ultrapassam 50% do custo de produção, o que reforça a importância de pesquisas com alimentos alternativos que vêm crescendo nos últimos anos, tendo como prioridades manter ou melhorar o desempenho dos peixes e causar menos impactos ambientais. Assim, buscam-se alimentos alternativos que permitam a produção de peixes de forma economicamente viável. Objetivo: Avaliar a viabilidade da substituição do milho pela farinha de uva na dieta de tilápia do Nilo O. niloticus. Materiais eMétodos: O experimento foi conduzido nas instalações do Laboratório de Piscicultura do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, campus Petrolina Zona Rural. Foram utilizadas 20 unidades experimentais (UE), em um sistema de recirculação de água. Em cada UE foi acondicionado um juvenil de tilápia do Nilo, com peso médio inicial entre 100g e 115g. Antes do início do experimento. O experimento teve duração de 40 dias, com um total de cinco tratamentos e quatro repetições de dietas experimentais.  Resultados: Ao término do experimento e realização da biometria final, foi possível perceber, através de análise feita por média aritmética, que o tratamento T5 apresentou melhores resultados nos quesitos ganho de peso (147 g) e comprimento (20,25 cm), caracterizando melhor conversão alimentar e desempenho zootécnico dos animais, aproximando-se do tratamento controle T1, onde não houve a substituição parcial da farelo de milho pela farinha de uva nas rações (172 g e 21 cm). Considerações Finais: O experimento apresentou resultados significativos, comprovando o potencial nutricional da farinha de uva e a viabilidade da substituição do farelo de milho por esse ingrediente, em dietas para tilápia do Nilo. Porém, ainda são necessários outros estudos que identifiquem os componentes nutricionais e compostos bioativos existentes na farinha de uva.