BIOATIVIDADE DO EXTRATO AQUOSO E DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE VITIS VINIFERA SOBRE LARVAS DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI
Resumo
Introdução: As arboviroses são caracterizadas por um grupo de doenças virais, ocasionadas pela picada de artrópodes hematófagos, como exemplo o Aedes aegypti. A maneira mais usual ao controle do A. aegypti é a aplicação de produtos químicos sintéticos, o que podem resultar na resistência do mosquito, implicando maiores danos ao meio ambiente, gerando outras doenças e prejuízos econômicos. O uso de produtos naturais a base de plantas pode ser uma alternativa eficaz contra o A.aegypti. Objetivo: Avaliar o efeito in vitro do extrato aquoso e o óleo essencial de folhas de videira Vitis vinifera (BRS- Vitória) sobre larvas do mosquito Aedes aegypti. Materiais eMétodos: As folhas de videira foram desidratadas em estufa e trituradas em um moinho de facas até a obtenção de um pó fino. Foram preparadas cinco soluções diferentes, sendo utilizadas 1g, 2g, 3g, 4g e 5g do pó em 100 mL de água destilada. O delineamento foi inteiramente casualizado, sendo seis tratamentos (0,1, 2, 3, 4 e 5% do extrato) em triplicata, foram utilizadas 270 larvas (L2-L3), 15 por recipiente. A mortalidade larval foi observada com 24h e 48h após aplicação do extrato aquoso. Resultados: Observou-se que na leitura de 24 horas dos bioensaios in vitro com uso de extrato aquoso das folhas de V.vinifera contra larvas de A. aegypti, submetidas as diferentes concentrações, a taxa de mortalidade seguiu uma tendência linear, indicando que o aumento na concentração do extrato está fortemente relacionado com o aumento na taxa de mortalidade, sendo a melhor taxa 5%. Para 48h a taxa de mortalidade maior foi de 40% na concentração de aproximadamente 2,7% de extrato. Considerações Finais: O extrato aquoso de V. vinifera (BRS Vitória) apresentou maior toxicidade larval em tempo de exposição de 24h na concentração de 5%, portanto, pode ser desenvolvido a partir disso, um controle alternativo, biodegradável, seguro e natural frente ao A. aegypti, o que demanda a continuidade dos estudos. Sugere-se que reavalie através de novos bioensaios as concentrações utilizadas nesta pesquisa, em tempos de exposição menores que 24h, como 3h, 6h, 12h.
Palavras-chave
arboviroses, folhas, larvicida, videira
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