Mãos que falam na saúde

Resumo

A comunidade surda vive hoje um momento de ascensão da sua língua, mas isso não a torna uma língua presente nos diversos espaços. O fato da visibilidade que a língua Brasileira de Sinais vem ganhando socialmente não está atrelado a um avanço nos diversos serviços acessíveis na comunicação. Temos a comunicação como algo fundamental e primordial atrelada a informação, com isso os surdos são prejudicados por não ter acesso a informação através da sua língua, a Libras. Este trabalho objetivou realizar um levantamento dos sinais em Libras existentes na área para organização de um curso básico de Libras para os profissionais da saúde. Usou-se a metodologia da pesquisa bibliográfica através de dicionários e glossários que já existem, desenvolvendo a abordagem qualitativa. Através dos sinais coletados foi organizado um material com os sinais relacionados na área de saúde. Realizou-se uma oficina para os profissionais de saúde. A sensibilização dos profissionais da saúde e que estes passaram a compreender a importância de atender o surdo na sua língua e assim garantir um atendimento humanitário. Buscou a conscientização e a importância de ouvir o próprio surdo nos serviços de saúde, que este possa relatar o que sente e assim sendo ouvido na sua língua poder ter um diagnóstico mais fidedigno e assim ter uma comunicação que flua entre paciente, médicos, enfermeiros e os diversos profissionais de saúde. O presente trabalho tem sua pertinência social e se faz relevante por ir de encontro ao momento pandêmico, mesmo tendo sido pensado anteriormente a este. Um atendimento humanizado para o surdo é que seja possível a comunicação através da Libras nos serviços de saúde pública garantindo assim ao surdo um conforto de ouvir e ser ouvido para melhor usufruir dos serviços. O respeito à língua pode salvar vidas surdas.