Curso de Formação de Agentes Culturais em Educação Étnico Racial

Elizandro José do Nascimento, Márcia Farias de Oliveira e Sa

Resumo


A ausência da discussão étnico-racial na escola torna invisível a pauta negra, bem como próprio negro. Criam-se padrões ideais de alunos, que estes não conseguem atender, são negligenciados no trato educacional por uma baixa expectativa em relação ao seu desempenho, ainda são vistos como o aluno problema: rebelde, indisciplinado, agressivo, violento. A escola com essa atitude reforça no seu meio o racismo que reafirma o não lugar do negro no espaço escolar. Assim fazer valer a lei e ofertar uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos é um desafio para a sociedade brasileira pois se não é fácil mudar as leis mais difícil ainda será a mudança das mentalidades. Analisando a nova atitude e postura política diante da questão racial, é aprovada a Lei nº 10.639/03, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 25 de abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal estabeleceu a política de cotas como um direito constitucional nas universidades, uma grande vitória da população negra. As políticas afirmativas versam ações visando a reparação de desigualdades raciais e sociais, instruída a fornecer uma abordagem diferenciada objetivando mitigar os efeitos da marginalização e demais infortúnios históricos desenvolvidos e sustentado pela estrutura social supressiva e discriminatória. Tendo como objetivo geral o projeto consiste na elaboração do curso de Formação de Agentes Cultural em Educação Étnico-Racial para professores, uma vez que a ausência da discussão étnico-racial na escola torna invisível a pauta negra, bem como o próprio negro, conhecer um pouco da produção tecnológica dos africanos e afrodescendentes de modo a tentar superar o epistemicídio africano e afrodescendente, mitigando as diversas formas de racismo, proporcionando uma educação de qualidade para todos. Em virtude da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e dos protocolos de segurança e das medidas adotadas pelo IFSERTÃO-PE (campus Salgueiro), a metodologia utilizada no projeto se dará na realização de curso de forma virtual utilizando a ferramenta Google Meet, com a parceria da Secretaria Municipal de Educação e a Gerência Regional de Educação (GRE), para os encontros assíncronos foi utilizado o Google Classroom. Almeja-se como resultados futuros, as descobertas e “desaprendizagens” dos cursistas a respeito das produções tecnológicas africanas e afrodescendentes que foram a séculos atribuídas aos povos europeus. Por fim, pode-se constatar que as ações do projeto são importantes para refletirmos sobre a história e suas abordagens em sala de aula, que colaborem para a conscientização e responsabilidade social. 



Palavras-chave


Epistemicídio; Tecnologias africanas; Educação étnico-racial

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