Academia Maker: promovendo a inclusão de meninas na tecnologia
Resumo
Historicamente, áreas como as Ciências Exatas são predominantemente masculinas, visto que,
durante o processo formativo, meninas não são estimuladas ao pensamento lógico algorítmico.
No entanto, ao longo da história observa-se que o público feminino legou diversas contribuições
científicas, como a criação de linguagens de programação de computadores, por exemplo. Nesse
sentido, promover a inclusão de meninas na tecnologia tende a contribuir para a permanência
dessas em cursos nas áreas exatas. Dentro desse contexto, insere-se a Academia Maker: curso de
iniciação à programação aplicada à robótica, cujo objetivo é proporcionar a alunos do 8o e 9o
anos do ensino fundamental a aprendizagem de programação de forma equitativa, de modo a
buscar ingressar e incentivar meninas para o meio tecnológico, onde por vezes são
negligenciadas. O curso possui duração de 20h, sendo desenvolvido ao longo de 5 encontros, que
apresentam conceitos básicos de lógica de programação, como: estrutura condicional, estrutura
de repetição, variáveis, operadores e funções, bem como, o kit de robótica arduino e a interface
de programação em blocos mBlock. Acompanhando as exposições dos conteúdos são realizados
15 projetos e 5 desafios, que utilizam o kit de robótica e o mBlock e vão, gradativamente,
aumentando seu nível de complexidade, propiciando aos alunos um maior nível de abstração.
Ressalta-se que o projeto ainda encontra-se em desenvolvimento e até o presente momento foi
possível atender 91 alunos de escolas públicas dos distritos de Pau-Ferro e Umãs, localizados na
cidade de Salgueiro-PE. Dentre esses, 56,044% foram meninas. Seguindo o ritmo atual do curso,
estima-se que mais de duzentas alunas serão certificadas até a conclusão do projeto. Espera-se
que o conhecimento ofertado possa despertar o interesse vocacional para cargos na área de
tecnologia, principalmente para as meninas. Por fim, salienta-se que o fato de algumas escolas
optarem por tornar a participação no curso opcional, pode resultar em uma baixa adesão no
número de meninas matriculadas, sendo viável o fortalecimento de divulgação pelas monitoras -
alunas dos cursos técnico em Informática e superior em Sistemas para Internet - de modo a
inspirar as alunas e demonstrar que elas também podem ocupar esse espaço.
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