Academia Maker: promovendo a inclusão de meninas na tecnologia

Sophia Santos Freire de Sá, Vitória Mickelle Pereira de Alencar, Maria Isabela de Souza Barros, Renata Silva, Pedro Lemos de Almeida Júnior

Resumo


Historicamente, áreas como as Ciências Exatas são predominantemente masculinas, visto que,
durante o processo formativo, meninas não são estimuladas ao pensamento lógico algorítmico.
No entanto, ao longo da história observa-se que o público feminino legou diversas contribuições
científicas, como a criação de linguagens de programação de computadores, por exemplo. Nesse
sentido, promover a inclusão de meninas na tecnologia tende a contribuir para a permanência
dessas em cursos nas áreas exatas. Dentro desse contexto, insere-se a Academia Maker: curso de
iniciação à programação aplicada à robótica, cujo objetivo é proporcionar a alunos do 8o e 9o
anos do ensino fundamental a aprendizagem de programação de forma equitativa, de modo a
buscar ingressar e incentivar meninas para o meio tecnológico, onde por vezes são
negligenciadas. O curso possui duração de 20h, sendo desenvolvido ao longo de 5 encontros, que
apresentam conceitos básicos de lógica de programação, como: estrutura condicional, estrutura
de repetição, variáveis, operadores e funções, bem como, o kit de robótica arduino e a interface
de programação em blocos mBlock. Acompanhando as exposições dos conteúdos são realizados
15 projetos e 5 desafios, que utilizam o kit de robótica e o mBlock e vão, gradativamente,
aumentando seu nível de complexidade, propiciando aos alunos um maior nível de abstração.
Ressalta-se que o projeto ainda encontra-se em desenvolvimento e até o presente momento foi
possível atender 91 alunos de escolas públicas dos distritos de Pau-Ferro e Umãs, localizados na
cidade de Salgueiro-PE. Dentre esses, 56,044% foram meninas. Seguindo o ritmo atual do curso,
estima-se que mais de duzentas alunas serão certificadas até a conclusão do projeto. Espera-se
que o conhecimento ofertado possa despertar o interesse vocacional para cargos na área de
tecnologia, principalmente para as meninas. Por fim, salienta-se que o fato de algumas escolas
optarem por tornar a participação no curso opcional, pode resultar em uma baixa adesão no
número de meninas matriculadas, sendo viável o fortalecimento de divulgação pelas monitoras -
alunas dos cursos técnico em Informática e superior em Sistemas para Internet - de modo a
inspirar as alunas e demonstrar que elas também podem ocupar esse espaço.


Palavras-chave


Meninas; Programação; Inclusão; Academia Maker

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2023 Sophia Santos Freire de Sá, Vitória Mickelle Pereira de Alencar, Maria Isabela de Souza Barros, Renata Silva, Pedro Lemos de Almeida Júnior

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional.