Potencial larvicida do extrato aquoso e do óleo essencial de feijão bravo (Cynophalla hastata) sobre dípteros: mosquito (Aedes aegypti) e mosca-da-fruta (Ceratitis capitata)

Emanuela Beatriz Souza Silva Pereira, Elizangela Maria de Souza, Eliatania Clementino Costa, Andrea Nunes Moreira, Fábio Nascimento de Jesus

Resumo


O Aedes aegypti e a Ceratitis capitata são dípteros de grande importância médica e na produção agrícola, respectivamente. O controle químico é o mais utilizado no combate dessas pragas, porém vem sofrendo restrições, tanto pela seleção de resistência, como pelas consequências que causam ao meio ambiente e a saúde humana. Na busca por controle alternativo, a extração de metabólitos secundários têm se tornado uma alternativa, destacando a busca por novas peculiaridades da flora da Caatinga. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o efeito do óleo essencial e do extrato aquoso do feijão-bravo (Cynophalla hastata) frente às larvas do Aedes aegypti e às pupas da Ceratitis capitata. Realizaram-se os bioensaios do óleo essencial e extrato aquoso da casca do caule frente às larvas do A. aegypti, com análise após 24, 48 e 72h; e do óleo essencial frente a C. capitata, acondicionando às pupas por sete dias em BOD e avaliando a cada 24h por oito dias, nas concentrações de 0,75; 1,5; 2,25; 3,0; 3,75; 4,5; 5,25 e 6,0% (extrato); e 2,5; 5; 10; 20; 40 e 80 mg L-1 (óleo essencial). A análise das classes de metabólitos foi em Cromatografia em Camada Delgada Analítica. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O óleo essencial apresentou rendimento de 0,04%. Detectou-se a presença de monoterpenos, sesquiterpenos e diterpenos no óleo essencial e saponinas e compostos fenólicos no extrato aquoso. Os bioensaios demonstraram efeito inseticida sobre as larvas de A. aegypti e pupas da C. capitata, diferindo estatisticamente do controle, nos períodos de avaliação, com destaque para a concentração de 6,0% do extrato causando 76,67% de mortalidade das larvas em 24h e 100% em 48h; já o bioensaio frente às pupas de mosca-da-fruta, desde a menor concentração de 2,5 mg L-1 causou mortalidade em torno de 50,0%. Diante disso, considera-se que os experimentos desenvolvidos com
a C. hastata, apresentaram atividade larvicida e inseticida, provocando considerável mortalidade de larvas do A. aegypti e pupas da C. capitata, bem como a pesquisa contribuiu para o conhecimento e valorização de
propriedades ricas e raras da C. hastata, planta da Caatinga que ainda é pouco citada e discutida na literatura.

Palavras-chave


arboviroses; Caatinga; inseticida; mosca-da-fruta

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