A representação de processos de identificação cultural em Abdulai Sila
Resumo
Abdulai Sila, primeiro romancista da Guiné-Bissau, é um escritor cujo recente legado dialoga intensamente com a história de seu país. Seus escritos atravessam experiências culturais encenadas em zonas de contato (PRATT, 1999), rompem com visões essencialistas a respeito do processo de colonização e refletem sobre trocas transculturais (RAMA, 2001) determinantes para a formação de seu povo. Possibilitam, portanto, a análise das problemáticas que se impuseram como determinantes para as formações identitárias de seu lugar de origem. Diante disso, esta pesquisa objetivou a análise da forma como identidades culturais são representadas no discurso narrativo que perfaz o romance A Última Tragédia (2011), do escritor em foco. Foi adotado, como principal referencial teórico, o conceito de identidade – desenvolvido por Boaventura de Souza Santos, em Pela mão de Alice (1997), e Stuart Hall, nas obras A identidade cultural na pós-modernidade (2006) e Da diáspora: identidades e mediações culturais (2009). A investigação empreendida foi de caráter bibliográfico e constatou a importância de temáticas como transições identitárias e negociações culturais para a composição da narrativa de Sila (2011). O texto do autor agencia intensas reflexões sobre os processos de identificação cultural, tendo como potencializadores dos conflitos identitários tematizados três instituições a saber: a escola, o tribunal e a igreja.
Palavras-chave
Identidades culturais; Abdulai Sila; Literatura bissau-guineense.
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