A Filosofia da Capoeira Angola no Vale do São Francisco - Uma netnografia de Espaços Não Formais de Educação

Resumo

O presente Projeto de iniciação científica propõe uma pesquisa da filosofia e do desenvolvimento da Capoeira Angola na região do Vale do São Francisco, mais precisamente nas cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Nessa região, desde 2014, ocorre um movimento de trazer para a região a Capoeira Angola. Muito mais consolidada nos dias de hoje, a cena cultural já conta hoje com 4 grupos de Capoeira Angola: Angoleiros do Sol, Bando Maré de Março, PROCAEP do Vale e Vivência de Angola. O registro e o estudo das dinâmicas da Capoeira Angola potencializa o entendimento das possibilidades dessa prática como um espaço de educação não formal.
A metodologia de pesquisa foi muito ampla, tendo em vista o perfil de ação do objeto de pesquisa. Utilizamos de pesquisa e acompanhamento da produção de registros digitais nas redes sociais e menções em portais de comunicação. Realizamos também a observação participativa em diversas atividades realizadas pela comunidade praticante da Capoeira Angola da região. Buscamos estar atentos de que forma a Capoeira Angola impacta a comunidade em que estão inseridos
Como resultado dessa pesquisa, conseguimos montar num ebook uma cronologia do desenvolvimento da comunidade da Capoeira Angola na região até o momento, tentando trazer à tona os personagens e sujeitos ativos nesse contexto. O registro e documentação de atividades é, sabidamente, ferramenta importante no resguardo e proteção dos patrimônios culturais de uma sociedade. Logo, a criação desse material gráfico visa ser como um degrau de apoio para a salvaguarda dessa expressão cultural tão bonita e singular da nação Brasileira, trazendo à tona esse pequeno contexto em que se manifesta a cultura de um povo.
Sendo assim, na pesquisa foi possível enxergar como a capoeira foi abraçada e como segue sendo impulsionada pelos jovens da região e também seus mecanismos e ações de resistência. Hoje a Capoeira Angola está dentro de escolas, nas praças, parques, orlas e várias casas de Petrolina e Juazeiro.