Exames de vestibulares em língua espanhola: um estudo de caso

Helga Thaenia de Freitas Morais, Kélvya Freitas Abreu

Resumo


O presente estudo objetivou analisar as provas de vestibulares na área de espanhol da região nordeste sob a perspectiva de pensar que na construção desse instrumento avaliativo encontrava-se interligada e subjacente a sua confecção, uma teoria, uma metodologia, uma concepção de leitura e de texto que lhe daria sustentação (NERY, 2003; CASSANY, 2006; BORDÓN, 2006; SCARAMUCCI, 2009; ABREU, 2011). Inicialmente, coletou-se dados dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, em seguida, priorizou-se analisar a(s) instituição(ões) que apresentasse(m) o maior volume de itens. Diante deste extrato, realizou-se, no período de desenvolvimento do estudo, a análise de uma única universidade pública do Nordeste, dentre o recorte longitudinal e metodológico proposto dos anos de 2010 a 2015, perfazendo 135 questões analisadas, o que possibilitou o aprofundamento e detalhamento do perfil dessa instituição. Dessa forma, através da observação, interpretação, reflexão dos gêneros discursivos e as questões presentes nos exames, foi possível categorizar as concepções de leitura existentes nas provas, classificar as tipologias das questões e o que essas revelaram, enquadrando-as em três eixos teóricos proposto por Cassany (2006) e pautados ainda em Abreu (2011): concepção linguística, concepção psicolinguística e a concepção sociocultural da leitura. Com isso, as análises finalizadas possibilitaram visualizar o padrão das provas, a aproximação ou não das orientações dos últimos documentos governamentais e se o perfil do leitor exigido é simplesmente de decodificador ou de um indivíduo imerso em práticas letradas.

Palavras-chave


avaliação, concepção de leitura, língua estrangeira

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