EDUCAÇÃO E VIVÊNCIAS INTERCULTURAIS DO POVO INDÍGENA ATIKUM SALGUEIRO

Maria das Graças da Silva

Resumo


Resumo:Antes do surgimento das escolas os povos originários brasileiros já mantinham uma base educacional pautada na oralidade, oriunda dos ensinamentos dos nossos mais velhos e mais velhas existentes nas diversas etnias distribuídas em todos os espaços do território já mencionado. Vale a pena ressaltar que, as instituições de ensino para os indígenas foram inseridas pelo sistema com o intuito de oprimir essas populações, mas os sujeitos distintos com muita sabedoria ressignificaram esses espaços transformando em símbolos de liberdade e resistência. A Constituição Federal de 1988 diz que é dever do estado garantir uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue que se fundamente principalmente na realidade em que vive os povos indígenas. Dessa maneira, a pesquisa busca dialogar no campo intercultural entrelaçando os diversos saberes ancestrais e vivências no chão do território do Povo Indígena Atikum de Salgueiro no sertão pernambucano, ainda problematiza que por meio de muito empenho, a comunidade escolar do povo em destaque vem produzindo muitos conhecimentos de forma intercultural, desmistificando a história, fortalecendo a memória e a cultura local. Atualmente estamos perpassando por um momento muito difícil, de muita luta, mas acreditamos ser a educação o melhor caminho a ser seguido pelas nossas crianças, adolescentes e jovens Atikum. Nossa luta é para permanecermos de pé, assim como permaneceram aqueles/aquelas que nos antecederam. Nessa trajetória, fortalecerei o debate com meus e minhas parentíssimas: Célia Xacriabá (2018), Graça Graúna (2013), Daniel Munduruku (2012) e Ailton Krenak (2019). 

PALAVRAS-CHAVE: Povo Atikum. Educação. Intercultural. Memória. Resistência.     


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