FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO: PROBLEMÁTICAS E CONCEITOS

Ana Patrícia Gadelha da Costa Silva, Williard Scorpion Pessoa Fragoso

Resumo


Propomos, nesse trabalho, destacar algumas possibilidades didáticas para o ensino de Filosofia, no nível Médio, tomando como horizonte central as investigações conceituais determinadas pelas complexidades das semâncias filosóficas e históricas e pelas dificuldades de ordem filológica, além de outros percalços encontrados no exercício da docência. São essas complexidades que os estudantes do Ensino Médio da Escola de Referencia em Ensino Médio Professor Humberto Soares, no Estado de Pernambuco, encararam, em seus cotidianos, das práticas docentes que se mostram, muitas vezes, conservadoras dos modelos mais “tradicionais" de ensino e aprendizagens. As investigações conceituais, iniciadas pelos professores e alunos, configuram apenas uma, dentre tantas outras alternativas que podemos utilizar em nossos ambientes de salas de aulas, no ensino de Filosofia. Como aporte teórico, ressaltamos um perspectiva que traz “quatro pilares estruturadores” da docência: a sensibilidade, a problematização, a investigação e a conceitualização, que juntos a outras perspectivas filosóficas poderão viabilizar novos caminhos para as nossas sensibilidades, para as problematizações e, essencialmente, para as investigações conceituais, que propomos nesse trabalho. Enfatizamos, através dos instrumentos metodológicos descritivos, que utilizamos, determinados modelos das tradicionais de formas de ensino, centralizadas na leitura, na escrita e, sobretudo, nas respostas de questionários fechados ou semiabertos que têm, de certa forma, limitações verificáveis em vários modelos de ensino e aprendizagem. Concluímos, portanto, frente a determinados conservadorismos e “tradicionalidades” do campo da docência da Filosofia do Ensino Médio, que muitas vezes são mantidas uniformidades no ensino, mesmo diante das complexidades conceituais e das realidades dos cotidianos de ensino. Sendo assim, também compreendemos e esperamos, como resultados, as viabilidades dos empregos de outros métodos, de outras didáticas que venham agregar valores ao ensino de Filosofia, no Ensino Médio. E esses “pilares estruturadores”, do ensino de Filosofia, também demonstram que o nosso interesse, em revisar o conceito de “imaginário”, partindo das perspectivas de Gilbert Durand, configura apenas pontos de partidas, tanto para o ensino de Filosofia, quanto para os aprendizados dirigidos e organizados por produções, como por exemplo, desenhos, estudos de símbolos, signos simbologias, imagens, pinturas, dentre tantas outras possibilidades de diálogos e novas aberturas. O ensino de Filosofia, assim como também algumas pesquisas que se voltam para as concepções do imaginário se relacionam, em certas medidas, com imagens, símbolos e signos, que são objetos do imaginário. Em síntese, inúmeras vezes o exercício da docência nos conduzem aos imaginários dos domínios filosóficos, helenísticos, medievos, renascentistas, humanistas, incluindo os complexos e imbricados campos políticos, religiosos, escolares, dentre tantos outros

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