DIAGNÓSTICO DE PERDAS PÓS-COLHEITA EM HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES DE BARBACENA-MG

Resumo

A olericultura possui importância socioeconômica para o município de Barbacena-MG, face à diversidade de hortaliças comercializadas. Assim, objetivou-se realizar o levantamento das principais hortaliças comercializadas nas feiras livres da cidade, identificar as principais causas das perdas pós-colheita e propor ações para mitigar os prejuízos econômicos. Utilizou-se questionário semiestruturado, que abrangeu aspectos relacionados à produção, comercialização, higienização, volume ofertado, perdas pós-colheita e destinação final das hortaliças não comercializadas. Os dados foram analisados por estatística descritiva e apresentados em gráficos e tabelas utilizando planilhas do Excel®. Constatou-se que 96,67% dos feirantes utilizam o sistema convencional de produção, 2,22% empregam o sistema agroecológico e 1,11% adotam o sistema orgânico. Quanto à assistência técnica durante o processo de produção, 83,33% dos feirantes afirmaram receber. A maioria das hortaliças comercializadas nas feiras livres são produzidas no próprio município. O meio de transporte mais utilizado para o escoamento da produção é furgões sem refrigeração. Grande parte dos feirantes asseguraram que realizam assepsia das hortaliças antes da comercialização, contudo, durante as vendas observou-se que apenas 4,44% fazem uso de luvas e/ou aventais no processo. Para os comerciantes, as principais causas das perdas pós-colheita de hortaliças foram a ocorrência de doenças, insetos-praga, e durante o transporte e armazenamento. Os dados obtidos apontam que as feiras livres avaliadas possuem realidade similar às outras feiras livres brasileiras, nas quais a maioria dos feirantes são representantes da agricultura familiar. Como forma de mitigar as perdas pós-colheita recomenda-se a adoção de práticas de assepsia por vendedores; evitar o empilhamento excessivo de hortaliças; bem como armazenar e transportar adequadamente as mesmas. Outro aspecto importante é a implementação de políticas públicas de capacitação de todos os segmentos que compõe a cadeia produtiva bem como a formação de parcerias que viabilizem a realização de benfeitorias na infraestrutura das feiras livres.