O Ensino de Filosofia: um olhar para seu jeito de “Ser”. Afinal somos todos “iguais”?

Eliane Maria do Nascimento Menezes

Resumo


O Ensino de Filosofia no Brasil tem apresentado um esfacelamento do espaço disciplinar, reforçado nas constantes reformas oficiais; seu silenciamento torna urgente a valorização de seu ensino como dispositivo para vivência de conceitos que reconheçam e valorizem os saberes afrodescendentes. É urgente portanto, enfatizar a importância da obrigatoriedade da disciplina de Filosofia na BNCC, que se materializa no Novo Currículo do Ensino Médio de Pernambuco em duas aulas apenas no primeiro ano do Ensino Médio, que é insuficiente para garantir na sala de aula a reflexão crítica, o diálogo, a expressão de ideias, o questionamento e a argumentação, como desdobramento do Art. 35 da LDB: ‘a formação crítica dos educandos’. Cabe aqui, trazer para campo de debate a reflexão sobre o currículo regular do Ensino de Filosofia, seus engessamentos na construção de uma escola democrática multicultural que respeite e valorize os saberes dos povos afrodescendentes. A proposta vivenciada, busca contribuir por meio da ação educativa a erradicação dos efeitos das discriminações sociais e étnico-raciais que perpassam o nosso país através de ações protagonizadas por estudantes que se identificam com a causa das relações étnico-raciais. Fortalecendo a identidade negra dos adolescentes, por meio de ações de resgate da história do negro e da valorização de sua cultura, dando visibilidade ao protagonismo dos povos negros evidenciando suas lutas, conquistas e realizações nos diversos campos de atuação, buscando desnaturalizar as injustiças e a aceitação das desigualdades buscando desenvolver atitudes de não alienação. Norteada através da sequência didática a sensibilização com as turmas foi de fundamental importância, como também, a pesquisa bibliográfica.Todo o processo buscou levar em consideração a habilidade da BNCC para Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo os quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país, e do  Currículo de Pernambuco  para reconhecer a importância do papel da cultura na formação de valores e suas implicações nos processos sociais como norteadores da dinâmica de inclusão/exclusão social. Cujo foco no objeto de conhecimento Cultura, Valores e Exclusão Social. Identidade, autonomia e  ancestralidade /encantamentos. Como resultado dessa análise do capitalismo, encontramos os novos processos produtivos e as desigualdades sociais.Todo o percurso culminou com a socialização de modo a ressignificar a compreensão do olhar para o outro de com respeito, conceito indispensável para convivência harmoniosa em sociedade.



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