EQUIDADE E AS CONTRIBUIÇÕES NO ENSINO DE FILOSOFIA ENTRE O IFSERTÃO-PE E OS POVOS INDÍGENAS
Resumo
Em nosso trabalho de pesquisa ambicionamos o estudo sobre a identidade, construção e reconhecimento sob o contorno da equidade, desenvolvidas no campus Petrolina do IFSertão-PE. Especificamente, observando as contribuições advindas no ensino de filosofia, voltada para estudantes indígenas e a autoidentificação. Em nossa perspectiva, buscamos analisar as práticas de reconhecimento social e as dinâmicas sociais em torno da emergente garantia identitária em face do público assistido por tais inciativas institucionais. O tema foi pensado em razão da trajetória dos dez anos em que o IF-Sertão-PE vêm desenvolvendo o tema das políticas afirmativas de forma institucional. Nessa ótica, é salutar a interpelação: Qual a importância e contribuição da disciplina de filosofia e por conseguinte da instituição educacional no garantismo do reconhecimento e da autoidentificação do povo indígena oriundos do IF-Sertão – PE (Campus Petrolina)?
Sobre esse arcabouço hipotético, será acrescida a reflexão filosófica direcionada a problematização da pesquisa, que se constrói iminentemente filosófica pela imersão nos conceitos sociais que fundamentam a existência dos povos indígenas, conforme apontados ao longo do projeto, a saber: a identidade e o reconhecimento, além da proposta pratica do ensino de filosofia da sensibilidade com fundamento em Harmut Rosa e a autoidentificação. Para tanto, tomamos como referência básica o conceito de reconhecimento em Axel Honneth e seus desdobramentos na filosofia contemporânea. Nossa hipótese é que a ideia de Rosa ultrapassa os limites do reconhecimento e fornece um amparo ético-filosófico mais interessante para pensar sobre a identidade, em nosso caso, a pesquisa em comento está atrelada a um fundamento ontológico calcado na ideia de origem e construção identitária. Este será o ponto de partida para a nossa problematização das identidades sociais, alimentada pela reflexão contemporânea dos filósofos Harmut Rosa e Axel Honneth. Essa perspectiva pode e certamente promoverá algumas reflexões que ocasionarão desdobramentos nos seus fundamentos ideológicos, aplicabilidades, efetivo atendimento ao público-alvo e possíveis melhoramentos, bem como sugestões para a ampliação das ações que garantam, em sua completude, a permanência e manifestação identitária da cultura indígena. Nesse monte, problematizar filosoficamente a contribuição dessas ações afirmativas e o fortalecimento das suas práticas se torna fundante, assim também como composto no objetivo prático a construção de propostas curriculares e pedagógicas que venham a contribuir para aquela trajetória. A égide norteadora está no pensamento filosófico que vem incorrer na problematização dos conceitos que circundam o tema, quais sejam, as noções de identidade, reconhecimento, etnicidade, educação institucional, protagonismo, equidade, dentre outros. Ademais, será seguido o pensamento das identidades a partir de um viés traçado pelo caminho da crítica filosófica acerca do tema. É imperioso considerar ainda, ante esse cenário, que nossa pesquisa é do tipo qualitativa com abordagens da pesquisa participante, bibliográfica e documental.
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