O ensino de filosofia mediado pela pesquisa: A construção do conhecimento autônomo do estudante
Resumo
Este projeto de pesquisa propõe investigar o papel do ensino de filosofia mediado pela pesquisa na promoção da construção do conhecimento autônomo dos estudantes do ensino médio. A pesquisa será conduzida em uma turma de 2º ano do Colégio Estadual Reais Magalhães, localizado em Glória, Bahia. Como ponto de partida, a presente pesquisa adota a proposição de Evandro Ghedin, que advoga pela pesquisa como elemento fundamental para a construção de uma aprendizagem autônoma, buscando explorar o papel da Filosofia, especialmente no que concerne à sensação de falta dessa habilidade investigativa. Para embasar teoricamente essa abordagem, recorre-se à reflexão de Hannah Arendt, a qual enfatiza a importância de cada indivíduo sentir-se parte integrante do mundo, reconhecendo que este é seu próprio universo e que os eventos que nele ocorrem têm relevância direta para sua existência. Tem-se como objetivo geral compreender as implicações práticas e teóricas dessa abordagem educacional, enquanto os objetivos específicos incluem incentivar a autonomia do estudante na construção do conhecimento individual e coletivo, através do estímulo à participação ativa no processo de aprendizagem; produzir e socializar para a comunidade escolar os resultados da pesquisa, sintetizando o conhecimento construído em um fanzine, incentivando a interlocução reflexiva e colaborativa; e desenvolver a prática do questionamento a partir dos critérios filosóficos, permitindo aos estudantes julgar a realidade através da construção de conceitos e do exercício da criatividade. Para alcançar tais objetivos a metodologia adotada será a pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. Serão coletados dados por meio de observações participantes, diálogos e análise das produções dos estudantes. A hipótese central é que a experiência da pesquisa possibilita a autonomia na construção do conhecimento, proporcionando a vivência do pensamento filosófico e instigando os estudantes a se reconhecerem como agentes ativos em seu processo educativo, assumindo, assim, a apropriação das diversas linguagens do mundo, dos saberes e das vivências. Dessa forma, proporciona-lhes a oportunidade de se constituírem como indivíduos singulares.
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