CINEMA E O ENSINO DE FILOSOFIA – contribuições para se pensar eticamente as relações entre identidade e alteridade, em aulas de filosofia de turmas de EJA

Lourival de Souza Ataide Júnior, Gabriel Kafure da Rocha

Resumo


Este trabalho investiga o uso do cinema como estratégia pedagógica no ensino de filosofia em turmas de EJA, promovendo a compreensão das relações intersubjetivas (identidade e alteridade), focado na dimensão ética. Justifica-se tal pesquisa pelo desafio central encontrado por docentes da referida disciplina: o desestímulo ao pensamento crítico em razão da redução de carga horária, provocado pela reforma do novo Ensino Médio. Estabelece-se como questão problema a seguinte: de que forma o uso do cinema nas aulas de filosofia podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e da ética nas relações humanas? Para auxiliar na resposta a essa questão, os objetivos deste trabalho incluem desenvolver reflexões filosóficas sobre a construção de identidades e alteridades; refletir sobre o desenvolvimento do pensamento crítico através do cinema, abordando temas contemporâneas; produzir um guia intitulado "Cinema e Filosofia: pensar sobre si; pensar sobre o outro", selecionando filmes que tratam de questões como ética, cidadania e respeito às diferenças. Como referencial teórico, escolhem-se filósofos que desenvolveram trabalhos sobre a categoria da alteridade, tais como Martin Buber (1979), Edgar Morin (2000), e, fundamentalmente, Lévinas (1997). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza explicativa, pois ajuda a compreender os fenômenos sociopolíticos implicados no processo de aprendizagem dos educandos envolvidos no processo. Ao final, será elaborado, como produto didático-pedagógico, um guia intitulado “Cinema e Filosofia: pensar sobre si; pensar sobre o outro”, cujo objetivo é oferecer suporte aos docentes para melhor ministrar e planejar suas aulas de filosofia. Em síntese, compreende-se que a educação alicerçada na ética, particularmente as abordagens de Lévinas e Morin, pode reverter a intolerância, violência e ódio em nossa sociedade. Essa pesquisa defende a prática da filosofia no ensino, buscando promover o bem-estar social, a autonomia e a responsabilidade pelo outro.

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