A presença da simplicidade como traço definidor da modernidade na arquitetura da cidade de Salgueiro: uma abordagem arquitetônico-filosófica.
Resumo
A modernidade cartesiana, definida por René Descartes no século XVII, teve como a exatidão matemática uma de suas características. Este traço marcou, no século XIX, os estudos do arquiteto Violet-Le-Duc, posteriormente, se desenrolando na estética moderna da arquitetura do início do século XX. O chamado Movimento Moderno influenciou a formação de alguns dos mais importantes arquitetos do século passado, inclusive no Brasil e na região Nordeste do país. Este trabalho objetivou identificar, em três edificações localizadas na cidade de Salgueiro – Igreja do Santuário, Sede da OAB e Sede do Fórum Eleitoral de Salgueiro, a simplicidade enquanto traço definidor que caracteriza a arquitetura moderna, utilizando uma abordagem filosófica. Esta pesquisa é de natureza qualitativa. A partir da construção do referencial teórico sobre a Modernidade de Descartes e a Arquitetura Moderna no Nordeste brasileiro, foram levantados aspectos de como – e se – a simplicidade surge, nos elementos arquitetônicos, como traço da modernidade na arquitetura. Foi realizada revisão de literatura sobre o Estado da Arte do Modernismo brasileiro, em especial, a Escola do Recife, a partir de leituras de importantes estudiosos do tema. O racionalismo na arquitetura surge através da ausência de ornamentos e das linhas retas, além da utilização de uma metodologia de projeto que priorizasse a produção em série e a melhor utilização dos materiais, em benefício dos espaços. Pode-se dizer que a racionalidade na arquitetura moderna se traduz em uma característica principal – a simplicidade. Esta surge nas edificações selecionadas para a análise neste projeto, que carregam o DNA da arquitetura moderna do nordeste brasileiro. A arquitetura moderna brasileira ganhou contornos particulares a partir da adaptação da edificação às condições do terreno e do clima, não havendo mais a intenção da produção em série. Mas manteve a atenção centrada no usuário, especialmente no Nordeste, quando foram adotados elementos para a melhoria do conforto térmico. Pode-se concluir que a arquitetura moderna levou em consideração o ser humano como peça principal da criação, sendo esta, também, uma característica do pensamento moderno
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