Potencial larvicida de plantas da caatinga no controle de Aedes aegypti

Resumo

O Aedes aegypti é um vetor responsável por arboviroses como a Dengue, Zica, Febre Amarela e Chikungunya. Para eliminá-lo, o método mais utilizado é o controle químico, porém, vem sofrendo restrições por apresentar dificuldade relacionada aos altos níveis de resistência de populações naturais do A. aegypti. Diante disso, sugere-se estudos com extratos e óleos de plantas presentes no bioma Caatinga, visando descobrir componentes que tenham potencial larvicida. O objetivo desse trabalho foi avaliar in vitro o efeito larvicida de plantas do bioma caatinga frente às larvas do mosquito Aedes aegypti. As folhas de melosa, catingueira e angico foram coletas no CPZR, secas em estufa no período de 72h (45 graus C),  trituradas em moinho de facas. O extratos brutos,  foram obtidos da mistura do pó de cada planta em água destilada, após repouso de 24h.   Fez-se diluições resultando sete concentrações (0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6%) . Os hidrolatos  obtidos da extração de óleos essenciais foram cinco  concentrações (0, 12,5, 25, 50 e 100 %), Os experimentos in vitro com as larvas foram DIC em triplicata. O extrato aquoso da melosa  (3,0%)e o hidrolato puro, em 24h, promoveram a mortalidade de 96% e 100%, respectivamente. O extrato da catingueira (5,0%) em 48h causou a 76% de mortalidade e o hidrolato (50%) matou 100% das larvas em 24h. O angico, desde as menores concentrações, extrato (1,0%) e o hidrolato (2,5%) promoveram a mortalidade de 100% nas primeiras 24h. O extrato do mix  em 24h na concentração de 2,0% causou 96% de mortalidade. Todos os extratos testados (melosa, catingueira, angico e o mix das três) apresentaram bons resultados, porém, o extrato do angico foi mais eficiente. O extrato do angico é um potencial promissor larvicida frente ao A. aegypti. Sugere-se que sejam testadas outras concentrações, bem  análise da composição química/toxicológica desses produtos.