Glossário em libras: sinalizando o município de Santa Maria da Boa Vista- PE

Resumo

A língua brasileira de sinais é reconhecida pela Lei nº 10.436 no de 2002 como meio legal de expressão e comunicação e regulamentada pelo Decreto 5.626 de 2005. O projeto intitulado “Glossário de Libras da Cidade de Santa Maria da Boa Vista”, através de um grupo de estudo com surdos usuários de Libras, investiga e estuda a origem dos sinais existentes, cria e registra novos sinais dos locais da cidade, bem como elabora um glossário validado pela comunidade surda local. O objetivo deste trabalho foicriar um glossário de sinais em Libras para os povoados, lugares públicos e pontos turísticos como instrumento facilitador de acesso e acessibilidade em Libras para a comunidade surda da cidade Pernambucana Santa Maria da Boa Vista. Foram adotadas as etapas: Encontro com Surdos usuários da Libras; Análise dos sinais existentes; Estudos e levantamento dos pontos e locais da cidade; Criação e registro de novos sinais; Grupo de estudos e reuniões virtuais com a equipe e comunidade surda local; Elaboração de vídeos com os sinais para disponibilização à comunidade. A pesquisa julga-se necessária e pioneira na região, uma vez que os resultados obtidos possibilitam a ampliação de vocabulário por ouvintes, material de consulta por tradutores e intérpretes de Libras, acessibilidade em Libras para pessoas surdas dos artefatos presentes na cidade, valorização e estudos sobre a Libras na região. E ainda, a contribuição nos registros e disseminação da cultura local possibilitando ao Sujeito Surdo conhecer os sinais da cidade que reside. Considerando a relevância desse trabalho para a cidade podendo ser expandido para outras cidades vizinhas, sendo o projeto pioneiro na região onde temos falta de formação aos profissionais na área da surdez e falta de material acessível para os surdos, este trabalho torna- se importante e contribui na formação de ouvintes e Surdos e incentiva na aprendizagem e construção de uma sociedade acessível, promovendo a inclusão social, respeitando a diferença linguística da pessoa surda.