ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE DOCE DE LEITE CAPRINO ADICIONADO DE PECTINA DA CASCA DE MARACUJÁ

Janaine Juliana Vieira de Almeida Mendes, Maria Nininha da Conceição, Lucélio Mendes Ferreira, Cristiane Ayala de Oliveira, Jânio Eduardo de Araújo Alves

Resumo


O doce de leite pastoso fabricado com leite de cabra apresenta características físico-químicas similares ou superiores ao fabricado com leite de vaca, proporcionando outras opções ao consumidor de produtos lácteos. A casca do maracujá contém 10 a 20% de pectina semelhante à da laranja, podendo ser uma alternativa de um estabilizante para doce de leite. Este trabalho teve por objetivo a elaboração e caracterização físico-química de doce de leite caprino adicionado de pectina da casca de maracujá. A pectina foi extraída pelo método de cozimento, retirada do albedo e trituração em liquidificador. Os doces foram elaborados com proporções de pectina de 0% (T0), 0,25% (T1), 0,5% (T2). Além disso, foram realizadas as análises físico-químicas quanto à umidade, cinzas, acidez total titulável, lipídios, proteínas e lactose. O leite apresentou baixa acidez total titulável (0,52). Já a pectina, teve resultado um pouco mais elevado (1,78). Com relação aos tratamentos, pode-se verificar que a medida que foi aumentando a quantidade de pectina, se elevou a acidez dos doces. Isso se dá, provavelmente, pela influência da acidez da pectina. A pectina e o leite caprino têm uma quantidade de água bem elevada, ultrapassando o valor de 90%. Com relação ao teor de cinzas, o leite e a pectina apresentaram uma baixa quantidade, 0,33% e 0,04%, respectivamente. A percentagem de proteína no leite caprino foi de 2,46%. O leite caprino obteve resultado de 2,9% de lipídios, sendo considerado de baixo teor de gordura de acordo com Brasil (2000). Com relação ao teor de lipídios do doce de leite, foi verificado que a medida que foi adicionado pectina ocorreu um aumento na quantidade deste fator, sendo T0 - 1,71%; T1 - 3,65% e; T2 - 3,21%. Quanto ao teor de lactose, no leite caprino foi encontrado valor menor que o estabelecido por Brasil (2000). Para os tratamentos, os valores variaram de 18,55% a 19,71%. A adição de pectina da casca de maracujá em doce de leite caprino mostra-se viável, pois além de proporcionar uma melhor estabilidade do produto, não altera as características físico-químicas do doce.


Palavras-chave


Resíduo; aproveitamento; estabilizante

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