Juventudes: qual distinção?

Juliano Varela de Oliveira, Ana Rafaela Luz Silva

Resumo


No entremeio dos jovens que compõem o campo relacional da juventude sertaneja existe uma hierarquia que distingue a juventude urbana da rural. Esse foi o mote, observado no ambiente escolar, que resultou no presente trabalho. O objetivo aqui é apresentar estudo sobre o campo relacional da juventude do Araripe Pernambucano, compreendendo a dinâmica e as estruturas sociais por meio das quais a distinção entre jovens urbanos e rurais se estabelece, a partir de suas vivências na educação formal e não formal. Subsidiada pelos conceitos de campo, capital e habitus de P. Bourdieu, a investigação compreendeu, de 2017 a 2019, a realização de oficinas temáticas com alunas e alunos do ensino médio; registro e leitura de fotografias e entrevistas com jovens que transitam do rural ao urbano com fins educacionais, docentes da educação básica e representantes de ONGs e movimentos sociais. Como resultado, infere-se que os capitais econômico, simbólico e cultural mostram-se como os que mais interferem no campo relacional da juventude sertaneja e têm determinado algumas posições hierárquicas entre seus agentes. No ambiente escolar, essas distinções se expressam ora sutil, ora com mais força, mas estão sempre presentes. Apesar de aglutinar, num mesmo ambiente de interação, jovens urbanos e rurais, a escola tem se mostrado pouco entendedora da relação entre esses dois agentes, uma vez não haver uma abordagem pedagógica definida capaz de dar conta das idiossincrasias de ambos.


Palavras-chave


Juventudes; Hierarquias; Campo relacional; Escola

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