OS EFEITOS BIOLÓGICOS DO CAMPO MAGNÉTICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES CRIOULAS
Resumo
A produção agrícola tradicional/familiar dos povos indígenas e quilombolas destacam-se pelo uso das chamadas “sementes crioulas”, sendo estas selecionadas e passadas ao longo das gerações preservando consigo a formação sócio-histórico-cultural destas populações. Estudos recentes demonstram que campos magnéticos, superiores ao geomagnético da Terra, podem potencializar o processo de germinação, intensificando o Índice de Velocidade de Germinação (IVG), o Tempo Médio de Germinação (TMG), o comprimento radicular, o comprimento da raiz, a taxa de proteínas. Mediante isso, a presente pesquisa avaliou os efeitos do campo magnético no crescimento radicular das sementes crioulas de duas cultivares Zea mays e Vigna Unguiculata L. “in vitro”. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Nutrição Animal do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, campus Floresta, com sementes crioulas de milho e feijão-caupi obtidas no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Foram utilizados coletores universais com capacidade para 80 ml e vedação hermética. Os tratamentos consistiram na aplicação de cinco campos magnéticos: 1, 2, 3, 4 e 5 mT; Os tempos de exposição adotados foram de 30 min e 60 min para cada tratamento, tendo por base, três repetições com cinco sementes que foram distribuídas sobre a superfície do papel germitest umedecido com água destilada na proporção equivalente a três vezes a massa do papel não hidratado. O efeito do campo magnético sobre o desempenho das sementes foi avaliado por meio da quantificação da taxa de crescimento radicular, aferida com um paquímetro, considerando um período de catorze dias para cada tratamento até ser observado a estabilização da germinação. A exposição das cultivares a ação do campo magnético externo resultou num aumento na taxa de crescimento radicular para ambas as sementes crioulas, sendo mais significativa para o tempo de 60 min/dia e para o campo de 5 mT. No entanto, se evidenciou que as sementes Zea mays apresentaram-se mais sensíveis, quando comparado as Vigna Unguiculata L. Sendo assim, se pode inferir que a exposição destas cultivares a campos magnéticos pode favorecer o crescimento do comprimento radicular.
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