USO DE ÓLEO ESSENCIAL DE ERVA CIDREIRA LIPPIA ALBA COMO ANESTÉSICO EM PIAU VERDADEIRO LEPORINUS OBTUSIDENS

Samuel Lourival Nunes de Macedo, Daniel Ferreira Amaral, Carla Samantha Rodrigues Silva Valério, Elizângela Maria Souza

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a propriedade anestésica do óleo essencial de erva cidreira (Lippia alba) no piau verdadeiro (Leporinus obtusidens). O experimento foi realizado no Laboratório de Piscicultura do Campus Petrolina Zona Rural. O delineamento foi inteiramente casualizado, sete tratamentos (0; 25; 50, 75, 100, 125 e 150 mg L-1 de óleo essencial/kg de ração) e cinco repetições (cada peixe correspondeu a uma repetição). No tratamento controle foi utilizado apenas o etanol (10 mL) diluído em água. Foram utilizados 35 juvenis de piau verdadeiro com aproximadamente 40 g. Foram distribuídos em uma caixa d´água com capacidade de 1000 L, em sistema fechado de recirculação e aeração constante de água, para aclimatação de 15 dias, onde receberam ração comercial contendo 32% de proteína bruta, duas vezes por dia. A caixa foi sifonada diariamente para retirada de fezes e restos de ração, e os parâmetros de qualidade da água (pH, temperatura, oxigênio e amônia) foram monitorados. Foram utilizados cinco peixes, coletados aleatoriamente e submetidos, individualmente, ao banho anestésico, totalizando um “n” amostral de 35 peixes. Antes do processo de anestesia, os animais permaneceram em jejum por 12 h. Os experimentos foram realizados em aquários de vidro com capacidade para 20L, preenchidos com 15L de água. Durante o banho anestésico, foi utilizado um bastão de vidro para tocar os animais e auxiliar na determinação dos estágios anestésicos alcançados pelos peixes e um cronômetro digital para a marcação do tempo despendido para atingir cada estágio. Após banhos anestésicos, os peixes foram monitorados durante 24 horas, e registrada a taxa de mortalidade. Não houve diferença significativa nas doses utilizadas para indução anestésica. O tempo de recuperação foi influenciado (p’≤0,05) pelas doses do óleo essencial, verificando-se um comportamento quadrático, tendo a equação de regressão elevado ajuste, conforme pode verificar analisando o coeficiente de determinação (r2 ≈0,97). O menor tempo de recuperação foi obtido com a aplicação da dose estimada de aproximadamente 77 mg L-1 de óleo essencial, que proporcionou um tempo de recuperação de aproximadamente 4 segundos. Quando o óleo foi aplicado na concentração de 50 mg L-1 o tempo de recuperação foi de aproximadamente 94 segundos.

Palavras-chave


banho anestésico, concentrações, peixes

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