AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PLANTAS NATIVAS E ENDÊMICAS DA CAATINGA, AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Elizângela Maria de Souza, Jaermison Silva Nunes, Fábio Nascimento de Jesus, Fábio Freire de Oliveira, Marlon Gomes da Rocha, Cícero Antônio de Sousa Araújo

Resumo


A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, ou seja, não é compartilhada com nenhum outro país. Atualmente, a Caatinga encontra-se em acentuado processo de degradação, levando ao comprometimento do seu equilíbrio, o que reflete na alteração de 80% de seus ecossistemas originais. Sua devastação ocasiona perdas de espécies intrínsecas, o que implica na necessidade de se tomar medidas que conservem sua fauna e flora. Dentre as espécies vegetais da caatinga que se encontram ameaçadas de extinção destacam-se o umbuzeiro (Spondias tuberosa) com importância econômica e socioambiental para as populações locais; e a baraúna (Schinopsis brasiliensis ) ambas pertencente a família Anacardiaceae. O estudo foi conduzido no viveiro de mudas do Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia (CVT) localizado no IF Sertão  Campus Petrolina Zona Rural (CPZR) com o objetivo de avaliar o melhor substrato na produção de mudas de umbuzeiro e baraúna. Os frutos e/ou sementes foram coletadas no chão e nas plantas presentes na Trilha Ecológica em uma área de preservação no CPZR. O delineamento foi inteiramente casualizado, cinco tratamentos e quatro repetições. Realizou-se a semeadura das sementes em 25 de fevereiro de 2019. Os tratamentos foram : T1- areia lavada; T2 - húmus de minhoca; T3 - esterco bovino; T4 - esterco bovino + areia lavada e T5 - húmus + areia lavada. A emergência das plântulas de umbuzeiro ocorreu aos 12 a 20 dias e a baraúna de 14 a 20 dias. Para o umbuzeiro o húmus teve maior percentual de germinação com 75% os outros foram iguais com 60%. Para a baraúna os substratos húmus, esterco bovino + areia lavada e húmus + areia lavada foram superiores com 95%, 93% e 90%, por outro lado a areia lavada e o esterco bovino foram inferiores com 75%. Aos 36 dias avaliou - se as mudas (210 de ambas espécies) quanto a altura, comprimento da raiz e diâmetro do colo, os recipientes utilizados foram bandejas plásticas. Pode- se concluir que para o umbuzeiro os substratos que mostrou melhor resultado quanto ao desenvolvimento das plantas foi o T4 (esterco bovino + areia lavada), mas para a baraúna o melhor foi o T2 (húmus). Contudo recomenda-se esses substratos para produção de mudas de Spondias tuberosas e Schinopisis brasiliensis, espécies nativas da Caatinga.


Palavras-chave


Baraúna; crescimento; umbuzeiro

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