SARTRE – GUERRA E SUAS IMPLICAÇÕES INTER-RELACIONADAS À CRÌTICA HOMEM-NO-MUNDO

Francisco José Assunção da Silva, Lucas Barreto Dias

Resumo


Jean-Paul Charles Aymard Sartre (21.06.1905 – 15.04.1980) é uma testemunha de duas grandes guerras mundiais e o parte do período de guerra fria (1947-1991). Porém, na 1a Guerra Mundial (28.07.1914 – 11.11.1918), aos nove anos ele convive com a morte do seu progenitor e a mudança da casa de seus avós paternos para a casa de seus avós maternos. E torna-se o centro dos cuidados e da preocupação com a sua formação. A família de seu avô Charles Schweitzer (estudioso da literatura clássica e professor de alemão) de tradição protestante alsaciana, cujo sobrinho Albert Schweitzer (famoso missionário). Morando na
mesma residência e com uma biblioteca primorosa: Os avós, Sartre e sua mãe Anne –Marie dos 12 aos 15 anos, quando o robe era ler; e, quando mudaram para Paris, Sartre estudou primeiramente no LICEU HENRI IV e posteriormente no LICEU LOUIS LE GRAND, onde se interessa por filosofia e conhece parceiros de discussões como Paul Nizan (que publica Aden Arabie em 1931 e Sartre escreve o Prefácio). Todavia, na 2a Guerra Mundial (01.09.1939 - 02.09.1945) Sartre sente-se inquietado, se questiona e provoca as pessoas sobre o posicionamento acerca do fascismo. A escrita lhe surge como consequência de reflexão e embates. Concomitantemente ele se envolve em suas aulas de piano e de boxe, o
que lhe ampliou a visada para a dedicação disciplinada e para compreender parte-todo, com nuances de desvios enquanto estratégias de pensar e reposicionar, simultaneamente, com golpes pontuais e cirúrgicos de crítica ao contexto sócio-político vigente. E Sartre percebe que a ação subjetiva é que delineia possibilidades de atitude e atividade. Iremos investigar nesse trabalho os extratos de Sartre em sua vida (na década de 1930-1940) e obra, pinçando na sua produção de estudos filosóficos (A transcendência do Ego, escreve a partir de 34 e publicada em 1937), romance (A Náusea, iniciada em 1928 e publicada em 1938), conto (O Muro, escreve desde 1938 e publicada em 1939), teatro (BARIONA, o primeiro ensaio de fazer um pequeno resumo peça teatral, que foi escrito e apresentado no cativeiro de guerra Stalag 12 D, em 1940). Demonstrar em que sentido a crítica filosófica permite evidenciar o processo que homem solitário e ambíguo é esse que está no mundo. Responder o que tem de humano no mundo? Pretendemos ao fim desse percurso destacar as críticas feitas pelo pensador a sociedade ao homem e ao posicionamento deste para como o mundo e como a guerra é um fato marcante para o posicionamento de Sartre diante do mundo.


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